Num dia de semana deste primeiro mês de verão deu-me uma vontade enorme de comer um prato que adoro, a francesinha. Vistas umas recomendações e contactados uns amigos, saímos do centro de Lisboa, passada a Praça de Espanha, e fomos ao Lucimar. Não podendo utilizar os meios que mais gosto (e.g. reservas online, the fork, etc), tive de ligar para reservar, coisa que me parece adequadamente tradicional ao local que encontrei.
No meio de Entrecampos, no cruzamento de ruas claramente de índole residencial encontra-se um restaurante, clássico em tudo (menos, talvez, na quantidade de turistas que se encontravam a deliciar-se e a provar, de forma quiçá demasiado aleatória, a gastronomia portuguesa), e com a comprovação da recomendação, já que mostravam capas e artigos de revistas nas quais eram classificados como um dos sítios em Lisboa para voltar com o estômago ao Porto. Apesar das capas das Time Out, apesar dos turistas, continua claramente a ser um restaurante de bairro, fora do centro, e um bom local para um jantar a dois ou um jantar de amigos, casual, informal e de comida típica (admito que pouco olhei para o menu, tendo em conta o que me levava à Rua Francisco Tomás da Costa, no Bairro do Rego).
Entrados nos restaurante, estacionado o carro mesmo à porta do mesmo, tudo o que aconteceu de seguida foi quase em time lapse, dada a eficiência do serviço e a decisão (e fome) dos comensais. Entre o sentar e a chegada do prato passaram-se (na minha cabeça) 5 segundos.
Acompanhadas por uma (necessária) caneca de Super Bock e por um fresquíssimo ice tea de limão, chegaram à mesma a francesinha e meia francesinha, respetivamente, e começa o deleite. A visão era perfeita, o sabor respondia à saudade. Pão tostado, bife macio e suculento, todos os enchidos desejados, muito muito queijo e um molho no ponto, denso sem ser pastoso, picante sem ser excessivo, ativando todas as papilas gustativas e a gula, de ir intercalando, a todos os momentos, o prato com o acompanhamento e ir regando sucessivamente as batatas fritas. Apesar de no prato, ou melhor na travessa, a quantidade ser a ideal, entendo que poderiam ter sido mais generosos com as batatas, de essencial combinação com o prato e aproveitamento a solo.
Para terminar destaco o preço da refeição, que em muito nos agradou, dados os preços praticados em Lisboa e a qualidade do produto. No final com a conta e, desta feita, depois de um copo de Moscatel gentilmente oferecido pelo restaurante, veio uma sensação de enorme felicidade. Se gostam, se são do Porto e às vezes a saudade é muita, se nunca provaram mas gostavam, apontem nas vossas listas. Vão, liguem para lá, marquem mesa, e deleitem-se com o sabor da invicta em Entrecampos, garanto-vos que vale a pena.
Aproveitando uma daquelas noites de verão em que só apetece estar ao ar livre, fui no outro dia jantar, em Campo de Ourique, ao Pigmeu. Trata-se de um estaurante pequenino numa daqueles clássicos quarteirões quadrangulares e planos do bairro onde o conceito é óbvio, e quase descrito no nome, o porco. Tudo é suíno, o que só por si intriga (tinha este restaurante na minha lista há meses a fio).
Tendo tido algumas dificuldades na reserva (continuo sem gostar muito do conceito de ter de dar os dados do cartão para reservar uma mesa) e na impossibilidade de reservar mesa de outra forma, tentei a minha sorte num dia de semana. E sorte tive. Consegui jantar na rua (o que eles chamam “esplanada”, mas de facto é no passeio da rua à frente do restaurante) e antes da leitura do menu chega o couvert. A refeição começou em bom: uns pickles de cenoura, em rodelas muito finas, uma manteiga de porco - única de sabor, de textura e de cremosidade - umas fatias de pão sourdough e de broa (fiquei-me pelo pão de trigo, já que estava acompanhada por um verdadeiro fã de broa - que não se considera, apesar de tudo, um broeiro). Os primeiros minutos foram de espanto e de delícia, tudo começava bem.
Veio de seguida o menu, que já tinha sido consultado na internet (sou incapaz de ir a um restaurante sem ver o menu antes e, aliás, acho que raras são as vezes em que a escolha não está feita antes de chegar ao local da refeição, há quem a isto chame doença, eu chamo entusiasmo). O produto que eu desejava requeria, segundo a carta, perguntar a quem nos atendia qual era o corte do dia. E assim fiz, aliás o restaurante em muito recai no diálogo e nas recomendações de quem nos está a servir. Acabei por não pedir o porco preto, o desejo de secretos não correspondia ao corte do dia, mas fui bem influenciada a beber um copo de vinho da casta Baga (que raramente está nas minhas escolhas) que correspondeu exatamente aquilo que apetecia numa noite de calor, um vinho tinto fresco e leve, sem ser ácido ou insípido. A escolha final recaiu pela partilha de uma bifana “porcalhona” e cabidela de miúdos, com batata frita a acompanhar. Antes dos pratos principais, também por recomendação do restaurante, trouxeram-nos dois croquetes e dois pastéis de massa tenra.
Em geral a comida estava boa, bem cozinhada e o produto era claramente de qualidade. Apesar disso, a refeição não arrebatou, tendo, aliás, ficado um pouco aquém das expectativas no tamanho das doses. Os únicos dois pratos que realmente surpreenderam foram os croquetes, de uma cremosidade e sabor super refinados, contrapostos com uma mostarda caseira que lhe dava uma harmonia perfeita e a bifana que, de facto, unia em perfeição todos os seus ingredientes e na qual o molho não se sobrepunha, nem muito menos incomodava.
No final com a conta uma dose (esta sim no tamanho certo) de realidade. O restaurante pode ser pequenito, estar baseado na relação com o cliente, e ter doses pequenas, mas a aposta na qualidade dos produtos e o cuidado com os comensais sai caro, especialmente em campo de Ourique. O restaurante saiu finalmente da lista dos “por experimentar” e o estômago saiu contente, a carteira é que não.
Se há altura em que vale a pena viver em Lisboa é em junho e a razão para isso são as festas de Santos Populares, tema sobre o qual vos escrevo hoje. Em resumo passa-se num mês inteiro em que os dias (e, especialmente, as noites) podem ser passadas em arraiais, em que o menu se baseia em grelhados (com destaque para as sardinhas), caldo verde e em cervejas e em que a banda sonora pimba se torna aceitável (e até desejada).
Já não tinha a oportunidade de participar com todo o preceito nesta festa popular em Lisboa desde 2018 quando, por ser a primeira vez, fiz questão de passar por todas as tradições. Nessa altura, esperei à frente da Sé para ver sair os casais de Santo António, segui a banda da Carris até à Câmara Municipal de Lisboa, comi sardinhas na Graça (e em Alfama), perdi-me nas ruas estreitas dos bairros históricos de Lisboa, aguentei em pé nos Restauradores horas a fio para ver passar as Marchas, percorri toda a cidade a pé e dancei na Bica a noite toda.
5 anos depois, voltei e as saudades eram muitas. Encontrei uma Lisboa e uns Santos diferentes. Para além de (obviamente) terem subido os preços da comida e (especialmente) da bebida, espalhou-se (felizmente) a necessidade da sustentabilidade - todos os copos são reutilizáveis, o que não ajuda a eliminar a acumulação de bens supérfluos, e multiplicou (massivamente) o número de pessoas na rua, em todas as ruas, locais e estrangeiros, alguns inclusivamente sem saber exatamente o que se passava. Para além disto, a principal diferença que encontrei no reencontro com os arraiais em Lisboa foi a mudança de ambiente nos diferentes bairros (que a minha memória lembrava de outra forma): vi a Graça significativamente mais jovem, e mais concorrida, a Misericórdia plenamente internacional e para turista, a Mouraria renovada, divertida e alternativa, a Bica a rebentar, mas já desadequada ao meu estilo (em 2018 era o público-alvo). Ficou-me a faltar a Madragoa, mas ainda não terminou o mês de junho, felizmente.
Este ano, nas primeiras duas semanas de junho, visitei muitos arraiais, tentando ao máximo matar saudades dessas festas, com tudo a que tenho direito. Fiz dezenas e dezenas de quilómetros a pé, fui a um concerto do Toy (a única altura do ano em que é aceitável admitir e desfrutar deste concerto, pelo menos em público), fui ao arraial mais perto de casa para beber uns copos e cantar músicas populares, festejei um arraial semi-privado com um grupo grande de amigos, vi as Marchas (este ano de forma parcial e na televisão) e comi um caldo verde e uma bifana (esta parte foi feita em casa e desfrutada de pijama, que às vezes também é necessário). Fiz estas coisas todas, mas deixei o melhor para a noite certa, a véspera de Santo António. Nessa ocasião, depois de uma intensa pesquisa, que passou obviamente pelo Boa Cama Boa Mesa, acabei por ir jantar (surpreendentemente) a um restaurante da Rua de Santo Antão, chamado o Churrasco.
Aberto desde a década de 1940, primeiro como loja de refrescos e bebidas e só a partir de 1960 enquanto restaurante, este local constava na lista da minha “bíblia” como recomendação para comer sardinha grelhada e pela especialidade do frango assado (afinal de contas, o nome não engana). Fui lá pelo primeiro, e também pela curiosidade de encontrar um restaurante recomendado naquela rua tão associada a ratoeiras turísticas.
A recomendação, como sempre, era certeira. O local era pequeno, sem ser claustrofóbico, o serviço simpático, sem ser demasiado impositivo (até talvez um pouco lento), o preço era qb (se calhar poderia ser mais barato, se não fosse a localização), o menu e a clientela diversificada. Passando para a comida, a escolha era óbvia (afinal de contas, o desejo correspondia à ocasião). Pedi a dose de sardinha assada e chegou à mesa cinco sardinhas, acompanhadas de batata cozida e de uma salada de alface, tomate, cebola e pimento. Com a pele crocante, os filetes tenrinhos, com um toque de sal e de azeite, foi bem iniciada a época da sardinha. A acompanhar, em harmonia, as batatas (apesar de em pouca quantidade) eram de grande qualidade e no ponto da cozedura, e a salada, de ingredientes suculentos e simples, a contrastar com aquele toque do pimento. O jantar de Sto. António ou é assim ou não vale a pena. O resto da mesa deleitou-se com carnes (e frango grelhado), que, especialmente o último, também correspondiam à recomendação, acompanhados de batatas fritas, nada gordurentas e tudo crocantes. De sobremesa, para forrar o estômago e prepará-lo para o resto da noite, uma torta de laranja e, como sempre, um café.
Este foi um pequeno resumo da minha época de santos este ano que de pequeno teve pouco e que satisfez na plenitude as saudades desta lisboeta por ocasião e fez crescer, novamente, a vontade que volte a ser junho.
Cada vez mais abrem por Lisboa restaurantes de comida internacional e restaurantes de cadeias. Sou uma grande adepta deste tipo de conceito, para o dia-a-dia, porque a comida normalmente é bastante boa e porque o preço compensa muito. Este texto é sobre a cadeia No Mames Wey, um grupo espanhol de comida mexicana que abriu sucursais recentemente em Portugal (existem 3 em Lisboa: no Campo Grande, em Campolide e em Campo de Ourique).
Começo pelo preço, e pela relação deste com a qualidade da refeição. Destaco este elemento porque recomendo este(s) restaurante(s) - qualquer um deste grupo - para jantares de amigos ou para almoços casuais. Tem oferta para diversas ocasiões, incluindo menus completos (para 1 ou 2 pessoas), taco do dia (a 1€) e até uma promoção 2x1 de Margaritas ao final do dia - perfeito para desanuviar de um dia de trabalho, ou até para ir preparando os Santos Populares.
Indo ao que verdadeiramente interessa, a opinião global. Fui almoçar num dia de fim-de-semana e quando entrei imediatamente apercebi-me do conjunto de famílias que aproveitava este restaurante, que incluia também alguns almoços de amigas. A sala estava composta, sem estar cheia ou excessivamente barulhenta. A banda sonora (que poderá ser apelidada por alguns como lixo) era reggaeton, em linha com a geografia da comida servida.
Olhando para a ementa, escolhemos um dos menus, de forma a tentar provar o máximo de coisas. À mesa chegaram primeiro os "nachos México", umas tortitas de milho acompanhadas por três molhos, guacamole, pico de gallo e sour cream (creme azedo). A fome era tanta que devorei metade do prato em segundos, deixando o resto para acompanhar a refeição. Achei talvez o pico de galho excessivamente líquido, mas o guacamole era mesmo bom, muito longe daquelas embalagens de guacamole que encontramos em supermercados (e, tristemente, também em alguns restaurantes. De “prato principal” chegaram as quesadillhas e os tacos. O primeiro taco que chegou à mesa - de carnitas (carne de porco) com cebola, deslumbrou. As diferentes texturas, o sabor intenso da carne com o toque ácido e fresco da cebola, resultaram na perfeição, especialmente aliado com uns nachos e umas salsas. Com esse princípio, as quesadillas que estavam incluídas no menu - a versão básica das mesmas - desiludriam. Não havia nenhum sabor interessante e a textura era bastante insípida. Para não deixar a refeição morrer em mau, pedimos mais 3 tacos: carne al pastor (preparação de fatias de carne de porco grelhada ) com ananás; frango com guacamole e pico de gallo; e birria de vaca (guisado à base de carneiro) com cebola em conserva. Visto em perspetiva foi de facto uma decisão sensata, já que todos estes tacos estavam bem saborosos, com sabores e combinações bastante bem feitas e inovadoras (para o que estamos habituados). Por essa razão talvez indique que gostei menos dos tacos de frango, cujo tempero era demasiado picante para a minha sensibilidade.
Em resumo, vale a pena, vale muito a pena. Uma refeição casual, saborosa e em conta vale sempre a pena ter em mente, Em último caso vão ao final da tarde e acompanhem as margaritas com boa comida.
Se ainda não estão familiarizados, em Lisboa há uma praça bastante pitoresca, que gastronomicamente vale a pena visitar, a Praça da Armada (entre Alcântara e a Estrela). Estive lá a almoçar recentemente e venho falar-vos hoje do Zanzibar (o restaurante, não a cidade - pelo menos para já).
Aproveitando um daqueles dias solarengos que justificam todos os revés de viver em Lisboa, fui almoçar com um grupo de amigos. Sentados à esplanada (vivendo a boa vida em todos os sentidos), imediatamente nos trazem o menu e o couvert. O couvert era mesmo aquilo que acalma o estômago, mas que também o encanta (por alguma razão os franceses lhe chamam amuse-bouche): pão estilo espelta, de trigo e fresco, tostas de pão fininho regadas com azeite e um pouco de orégãos e um sortido de azeitonas verdes e pretas, com o mesmo tempero (eu sou uma fã incondicional, com um quê de obsessão, das azeitonas verdes). Para beber, e para evitar dificultar a tarde que me esperava, pedi um refrigerante, mas, pela mesa, pareceu-me que a limonada, o sumo de laranja natural também valiam a pena, além da imperial claro. Em termos de vinho, pelo menos ao almoço, não sei se compensará, não sendo de particular encanto, mas para o desejo de vinho da casa poderá servir.
Depois de pedido, esperámos. Esperámos bastante tempo, aliás pareceu quase inerente ao restaurante. O tempo de espera não é algo que molde completamente a opinião que tenho de um restaurante, mas mói, especialmente se estivermos num dia de semana.
Quando finalmente chegou o prato principal, a chatice da espera desvaneceu (pode também ter sido a fome a fazer evaporar tudo o que incomodava). De uma forma nada surpreendente, pedi um bitoque. A surpresa veio com o bitoque em concreto, Disposto num prato estilo frigideira, encontrávamos um manjar dos deuses. O bife, fino, suculento e médio passado, regado com um molho com um toque que se assemelhava ao vinagre e um ligeiro sabor ácido, um ovo a cavalo e, como acompanhamentos, arroz branco, umas batatas fritas caseiras às rodelas, uns pickles e azeitonas. Fiquei boquiaberta com a felicidade gastronómica que aquele prato me proporcionou, a harmonia da sabor ácido com o da carne, o salgado das batatas com o ovo estrelado, a gema líquida como eu tanto gosto, o trago dos pickles, a simplicidade do arroz, a combinação do prato. Poderá não ser dos melhores bitoques de Lisboa, mas entrou num dos meus preferidos (embora o entusiasmo da minha opinião não tenha sido 100% correspondida pela minha companhia).
Terminados os bifes foi nos lida a lista de sobremesas, eu escolhi o pão de ló. Chega assim à mesa uma forma individual de um pequeno pão de ló, delicioso e com o interior líquido, à moda de ovar (apercebi-me imediatamente que este não era de produção própria, sendo de uma marca que se encontra disponível em supermercados, o que faz também valer a escolha). O doce perfeito para acompanhar o café.
No final, o almoço foi bem passado e a conta não causou reação. Em termos de qualidade-preço este restaurante não é um achado, e é, se calhar, demasiado caro para refeição diária, mas para almoço casual e ocasional vale a pena, especialmente por aquele bitoque. Fiquei com vontade de experimentar em modo jantar.
Estava em modo fim-de-semana caseiro, de descanso, quase como se fosse um throwback quarentena, mas como sou uma pessoa que tem alguma dificuldade em estar parada em casa, no final de domingo quis fazer algo diferente. Comecei por ir passear pela cidade, só para arejar um bocado, depois propus, ao meu habitual colega de mesa, um encontro diferente, em casa.
Seguindo uma tendência de tik tok/instagram reels fizemos o “date night challenge” (ou desafio de noite de encontro). O conceito é simples: um pequeno jogo de pedra-papel-tesoura num supermercado entre duas pessoas, dividido em quatro rondas - uma por cada “parte” da refeição. Decidimos ir ao supermercado mais perto de casa e decidir assim o nosso jantar, que ficou dividido entre bebida, entrada, prato principal e sobremesa. Como estávamos preguiçosos, e em bom rigor já era bastante tarde, acordámos em escolher coisas fáceis de preparar e servir, que não exigisse grande trabalho de cozinha. Fomos também a um supermercado dentro de um centro comercial, para garantir o máximo de variedade possível.
Assim que chegámos começou o jogo. Para a primeira ronda, perdi, e a entrada escolhida foi pão de alho (embora inicialmente rissóis de leitão estivessem também no cesto). Na segunda ronda., depois de um exercício mental de recapitular regras - sim, é possível que seja um bocadinho competitiva - consegui vencer e fui pelos corredores até aos combinados de sushi (que, para marca branca, é bastante bom em termos de qualidade-preço). Com metade da refeição decidida, rolámos até ao corredor das bebidas e a perdedora fui novamente eu. A opção foi uma nova sidra da marca Bandida do Pomar com sabor manga e maçã (eu admito aqui que não gosto de cerveja, e por isso houve algum cuidado do meu adversário). Na última ronda, felizmente, o resultado equilibrou-se e coube-me a decisão final. Resultado: morangos com chocolate.
Chegados a casa e posta a mesa, começamos finalmente a devorar a refeição. Todos os pratos demonstraram um princípio que sigo: o básico funciona sempre. Se cada prato por si só satisfazia os comensais, a mistura dos mesmos poderá não ter funcionado muito bem, parecia um restaurante de fusão que não existe por algum motivo. Sem embargo, o conceito foi muito divertido e será aprimorado para as vezes seguintes, nas quais pensaremos, por exemplo, na combinação e na refeição em completo. Competitivo, simples, inovador e caseiro: um encontro a repetir.