Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

no princípio era o prato

Um pequeno bloco de notas digitais, de avaliações de restaurantes, de viagens, de variadas recomendações e textos aleatórios.

no princípio era o prato

Um pequeno bloco de notas digitais, de avaliações de restaurantes, de viagens, de variadas recomendações e textos aleatórios.

invictamente feliz em Lisboa

Num dia de semana deste primeiro mês de verão deu-me uma vontade enorme de comer um prato que adoro, a francesinha. Vistas umas recomendações e contactados uns amigos, saímos do centro de Lisboa, passada a Praça de Espanha, e fomos ao Lucimar. Não podendo utilizar os meios que mais gosto (e.g. reservas online, the fork, etc), tive de ligar para reservar, coisa que me parece adequadamente tradicional ao local que encontrei.

No meio de Entrecampos, no cruzamento de ruas claramente de índole residencial encontra-se um restaurante, clássico em tudo (menos, talvez, na quantidade de turistas que se encontravam a deliciar-se e a provar, de forma quiçá demasiado aleatória, a gastronomia portuguesa), e com a comprovação da recomendação, já que mostravam capas e artigos de revistas nas quais eram classificados como um dos sítios em Lisboa para voltar com o estômago ao Porto. Apesar das capas das Time Out, apesar dos turistas, continua claramente a ser um restaurante de bairro, fora do centro, e um bom local para um jantar a dois ou um jantar de amigos, casual, informal e de comida típica (admito que pouco olhei para o menu, tendo em conta o que me levava à Rua Francisco Tomás da Costa, no Bairro do Rego).

Entrados nos restaurante, estacionado o carro mesmo à porta do mesmo, tudo o que aconteceu de seguida foi quase em time lapse, dada a eficiência do serviço e a decisão (e fome) dos comensais. Entre o sentar e a chegada do prato passaram-se (na minha cabeça) 5 segundos. 

Acompanhadas por uma (necessária) caneca de Super Bock e por um fresquíssimo ice tea de limão, chegaram à mesma a francesinha e meia francesinha, respetivamente, e começa o deleite. A visão era perfeita, o sabor respondia à saudade. Pão tostado, bife macio e suculento, todos os enchidos desejados, muito muito queijo e um molho no ponto, denso sem ser pastoso, picante sem ser excessivo, ativando todas as papilas gustativas e a gula, de ir intercalando, a todos os momentos, o prato com o acompanhamento e ir regando sucessivamente as batatas fritas. Apesar de no prato, ou melhor na travessa, a quantidade ser a ideal, entendo que poderiam ter sido mais generosos com as batatas, de essencial combinação com o prato e aproveitamento a solo. 

Para terminar destaco o preço da refeição, que em muito nos agradou, dados os preços praticados em Lisboa e a qualidade do produto. No final com a conta e, desta feita, depois de um copo de Moscatel gentilmente oferecido pelo restaurante, veio uma sensação de enorme felicidade. Se gostam, se são do Porto e às vezes a saudade é muita, se nunca provaram mas gostavam, apontem nas vossas listas. Vão, liguem para lá, marquem mesa, e deleitem-se com o sabor da invicta em Entrecampos, garanto-vos que vale a pena. 

 

IMG_0090.jpeg

 

 

 

 

 

3 comentários

Comentar post