um cheirinho a alecrim
Um bom fim-de-semana em modo escapadinha resume-se, na minha opinião, mas não exclusivamente, aos restaurantes visitados (o que mostra em muito o quão orgânica escrever este blogue é para mim).
Num fim-de-semana no Alentejo é preciso começar em bom, em Estremoz escolhemos o Alecrim. Sentámo-nos na esplanada, aproveitando a onda de calor que se vivia em Portugal com um ótimo ambiente (e casual), e pedimos logo a bebida. Depois de analisar uma bastante apetrechada (e longa) carta de vinhos, escolhemos o Herdade dos Grous Branco (no Alentejo escolhe-se sempre alentejano). Em revista foi provavelmente um dos vinhos que mais me surpreendeu pela densidade e ligeireza ao mesmo tempo, a acidez mesmo no ponto e um sabor amadeirado delicioso.
Para comer, e depois de uma viagem de carro de 3h e para desanuviar da semana de trabalho (e entrar no mood de descanso) pedi uns ovos rotos (sim, sou daquelas pessoas que pede entradas como prato principal e não aceito julgamentos sobre isso). Ovos rotos é daqueles pratos que tem tudo para me fazer feliz, uma cama de batata pála-pála, ovos estrelados com a gema líquida no ponto, bacon e presunto. Fiquei feliz, mas não me impressionou de forma estrondosa admito. O resto da mesa pediu arroz de polvo e prego no prato, que correspondeu às expectativas e alimentou que nem maravilhas.
Ao pedir a conta refleti: quando o que mais arrebata é o vinho e o resto fica em segundo plano, será o vinho muito muito bom ou o resto da comida só normal ?